O Fantástico Circo dos

Sonhos

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Que felicidade ver um espetáculo realizado do inicio ao fim, em todas as suas etapas e funções que exige uma montagem cênica, só por jovens e jovens oriundos de projetos sociais da área da cultura.

Mas bacana ainda é ver a evolução artística desse grupo, que tem outros espetáculos no repertório, os quais tive o prazer de já ter assistido. Além da qualidade na execução das diversas técnicas circenses utilizadas no decorrer da encenação, o evidencia o amadurecimento do grupo é a aposta e elaboração de uma dramaturgia para amarrar e dar sentido aos números circenses. Não optaram para o mais comum num espetáculo de circo que é apenas enfileirar uma sequencia de números artísticos exibindo a habilidade e virtuosismo dos artistas. O que é de praxe em espetáculo dessa linguagem. Como todo espetáculo sempre tem o que aprimorar, mas estão rodos de parabéns por essa montagem que cumpre muito bem o intuito do circo que é levar diversão a alegria para crianças e adultos.

 

 

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As Aventuras de Joca

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Outra grata surpresa da cena teatral Feirense. Classifico como ousada a atitude da Cia Única, que é, nesta montagem, partir longo para o formato de teatro musical. Estilo este que exige um artista com habilidades em pelo menos três linguagens artísticas, o canto, a dança e a interpretação. Talvez essa escolha se deva pelas influencias, mesmo que inconscientes, de programas, filmes e produtos áudios visuais infantos juvenis, que provavelmente fez parte da infância dos artistas desta Cia e o embrião deste trabalho começou nos meios digitais. O cenário e figurino em suas cores fortes e formas geométricas também lembram essa estética. Esta coerência de forma e conteúdo, somado a dramaturgia autoral e o desempenho do elenco em cena deixa claro que esta galerinha, apesar de muito jovem sabem muito bem o que estão fazendo e já tem um grande domínio sobre o fazer teatral. Vale ressaltar que tudo nesta produção é feita pelo grupo, o que demonstra maturidade artística e compromisso com o oficio teatro.

Vale destacar também a temática do espetáculo, que trata da polemica polarização entre as brincadeiras tradicionais e as tecnológicas. Tema relevante e que traz no desenrolar da trama a relação da amizade, o entusiasmo pela a aventura, o enfrentamento e a solução de problema, a imaginação lúdica e etc. Ou seja, um mundo de riquezas muito pertinentes a faixa etária a qual o espetáculo se destina, sem deixar de agradar também os adultos, que, obviamente, terão que assistir ao levar seus filhos.

 

 

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Café Com Leite

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Esta montagem, com um figurino, cenário, dramaturgia e estética narrativa nada convencional para um espetáculo infantojuvenil que estamos acostumados a ver, se conecta de maneira muito eficiente e divertida com o seu público. Com um argumento dramatúrgico muito claro, uma criança que passa mal a caminho da escola por excesso de atividade e a partir de então ela começa a ser sempre acompanhada por uma mistura de baba com guarda costas, a peça traz a luz a visão da criança sobre os efeitos das coisas que os pais, na melhor das intenções impõe as crianças em termo de formação. Com um texto nada linear, atores e atrizes revezando nos personagens e o ar de brincadeira/jogo na estrutura das cenas acaba dando muita dinâmica e leveza a encenação. É um daqueles espetáculos que não subestima a inteligência da criança, tanto na dramaturgia quanto na encenação.

O diretor que também é o dramaturgo está de parabéns pela ousadia tanto no texto, que tem um rebuscamento na simplicidade, que aborda um tema relevante quanto na escolha de uma estética muito moderna da encenação.

 

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A Gazeta do Palhaço

    

Este é um espetáculo que bebe na fonte da rica dramaturgia de números e gags da palhaçaria universal. Como todo bom e velho espetáculo de palhaçaria feita para o palco, vemos uma preocupação na elaboração do roteiro, de forma que todos os quadros tenham uma motivação na passagem de um para o outro. É de se destacar a presença e segurança em cena do casal de atores que encarnam a dupla de palhaço, bem como a entrosamento entre eles. Também, como é comum a maioria dos espetáculos de palhaço, o forte desta encenação não é a temática trazida a cena, na forma de um assunto especifico. Geralmente esses espetáculos tem como mote a relação entre os personagens envolvidas e ou os objetos de cena, questionam de forma bem subjetiva os ajuste e desajustes do ser humana na sua sociedade. Dando muito mais ênfase na diversão e brincadeira. O que os dois artistas em cena o fazem com desenvoltura. Considerando que o estilo e personalidade de cada palhaço/palhaça são únicos e pessoal, portanto, indiscutível, este é um espetáculo que traz a cena a linguagem da palhaçaria de forma muito digna e mostrando que o grupo tem conhecimento do assunto.